quarta-feira, novembro 08, 2006

Questão de insularidade

Dói muito. A saudade. A ausência de alguém com quem nos identifiquemos. A presença constante da futilidade. Da festa. É para a festa? Vamos todos! Quem não gosta!

Vim para cá pensando em abrir horizontes... Estão cada vez mais fechados.
Vim para cá pensando ver gente bonita por fora, mas nem por dentro há.
O nosso umbigo é lindo!
Olhas à volta e vês um bando de tacanhos. Ainda que estejam com uns trajes todos patati patata, muito à frente e não sei quê, vais a ver e só ouvem um estilo de musica ou só vêem filmes "indy". Não chamaria a isto ter uma ampla mentalidade.

Ninguém te pergunta (como acontece aí): precisas de alguma coisa? precisas que te leve a algum lado? precisas de ir ao supermercado? queres vir jantar à minha casa? ou vou-te levar a passear!

E são de uma brutalidade impressionante! Pensando que são muito espertos, querendo mostrar as suas habilidades, por vezes repetem alto o que tu disseste em voz baixa. Não são condescendentes. Mas são eles que brilham!

Será do sotaque que dizem não ter?

16 comentários:

laury disse...

precisam de alguém para pensar por eles.

Unknown disse...

Na realidade, abriste os teus horizontes, pois já perdeste a ideia pré-concebida que tinhas na cabeça. Já pensas de outra forma. Nem todas as experiências são espectaculares, mas todas são formadoras. Foste com grandes expectativas que sairam defraudadas. E depois, qual é o mal? Acontece a toda a gente. De certeza que já te aconteceu antes e com maior certeza ainda vai voltar a acontecer. O positivo é que arriscaste com entusiasmo, com coragem e saíste da tua ilha à descoberta de ti, dos teus limites e capacidades. A questão da insularidade é esta: bem pior que a insularidade física é a insularidade do pensamento e do espírito, que tantos vivem independentemente de serem ilhéus ou continentais. O desafio desse confinamento é essencial para que os nossos horizontes se expandam, sejam as consequências boas ou más. No sec. XVII, John Donne escreveu: "No man is an island." Terá razão até ao final dos tempos.

Nuno Vrrruummmm disse...

eles são iguais a nós, ou nós iguais a eles, pois existe muita cubanada bem porreiraça, por aí por essas bandas.
Eu acho que é questão de oportunidade e de arrojo também.
Não obstante, concordo com o que dizes acerca da frieza e falta de "vamos ao café, vamos ao cinema, estás bem?" do pessoal das grandes cidades. Se calhar porque o dia a dia também os fez adaptarem-se dessa forma. Quem é que, numa big metrópole, consegue combinar um café à beira rio, e em 20 minutos, está na Serra?
Temos numa ilha, tudo tão perto, até os Amigos ficam mais perto!
Volta que a gente te perdoa!
Voltar não é sinal de desistir, não penses assim...

Sof disse...

Voltar é um bom sinónimo! Mai nada!

Pedro_Berenguer disse...

Hame, tipo tipo tipo.. ninguén diz?? DIGO Eu.. adaaaaaaaaah: piite and sófeee laveee foreeva!

Volta Fófinha, larga a cubanagem rude!

Sam disse...

Txiiii, isso n é bem assim! Não tiveste foi rodeada das pessoas mais correctas, não estás no teu ambiente, é mais que natural... que estranhes todo esse "mundo" que é igual em todo o lado. Portugal é pequeno em todos os sentidos, acho q pouca coisa muda, e as pessoas não são muito diferentes cá ou lá. Depende quase sempre de nós...

laury disse...

tas a dizer que a culpa é da sof sam... oh nooo!

Sam disse...

Noppp tou a dizer q ela tá mal rodeada... em termos humanos, que tudo podia ter sido mt bom com as pessoas indicadas,mas isso sim, não depende só de nós. Não hà "culpa" de ninguém... Mas soa q o pessoal lá é todo mau e egoísta... E não à malta boa e fófinhaaaa :)

Pedro Espírito Santo disse...

Claro que nem todos são assim... mas é uma cidade grande, não estamos falando de Santana onde as pessoas ao passar por ti te desejam um "bom dia" caloroso, mesmo nunca te tendo visto à frente. Isso tá morrendo.

onde estás tens as suas vantagens e desvantagens... agora a interpretação é tua...

mas a minha opinião é que não deves andar com as pessoas certas ... será ?

laury disse...

sam: por isso é que fugiste!

Sam disse...

Fugi porque o meu sonho sempre foi viver na madeira, desde pequeno... olha e cá estou a realizá-lo... loladas.

laury disse...

ah piquene esperte!

Anónimo disse...

ha quem interprete diferenças (como sotaque), como sendo sinal inferioridade...isso demonstra a ignorância de mentes tacanhas! e tenho dito!! ;)

Sof disse...

Do?

Sof disse...

Mas isso foi por o Sr anomimo não ter percebido alguma parte do meu texto, ou foi apenas um desabafo?

Pedro Espírito Santo disse...

Nós somos o "Povo Superior" !